Os tempos estão mudados. A aceleração da vida, projetos por acabar, situações a resolver faz com que nossa mente trabalhe incessantemente buscando resolvê-las, muitas vezes sem sucesso.
Os números são alarmantes no Brasil e no mundo. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) em 2019, quase um bilhão de pessoas, dos quais 14% dos adolescentes do mundo, conviviam com algum transtorno mental. O suicídio foi responsável por uma a cada 100 mortes e 58% ocorreram antes dos 50 anos de idade.
No Brasil, segundo diversas fontes como a OMS, Instituto Cactus, Ipsos, Instituto Idea são unânimes em afirmar que o Brasil pode se considerar um “país ansioso” e em 2024 a palavra “ansiedade” foi eleita a palavra do ano por cerca de 22% dos brasileiros.
Grandes são os desafios para a busca de uma saúde mental mais estável. As questões sociais têm destaque nesta busca. Violência urbana, questões preconceituais como etnias, sexo, machismo, questões de fanatismo (religioso ou político), ritmo de trabalho e cobranças têm um peso imenso em nossas vidas.
Isto traz uma reflexão que “saúde mental” é uma questão que vai muito além de um simples diagnóstico para um transtorno clássico, envolve reconhecimento, pertencimento, empatia que permeiam todos esses problemas sociais elencados.
A campanha Janeiro Branco surgiu em 2014 a fim de provocar essa reflexão e concentrar esforços na divulgação de conteúdos que levem à essa conscientização. Já se vão 11 anos nessa busca. Muito foi feito, mas há ainda mais a se fazer no mundo.
Muitas são as formas de se buscar alcançar uma saúde mental, mas todas devem partir de um princípio universal, que é a aceitação do problema. Sem ela, nada pode ser alcançado.
Algumas ações são elencadas para o alcance a esse objetivo, tais como:
- Atividades físicas constante;
- Buscar ter um sono de qualidade;
- Manter uma alimentação balanceada e adequada;
- Buscar um autoconhecimento e desenvolver uma autonomia em sua vida, de forma a reafirmar sua autoestima;
- Buscar praticar algum tipo de hobbies em que tenha satisfação e alivie o estresse;
- Praticar a gentileza e ser mais tolerante, inclusive consigo mesmo;
- Estabelecer relações interpessoais sadias, entre outras.
Essas são algumas iniciativas que podemos ter para alcançar essa saúde, mas tendo ainda dificuldade é essencial que busque ajuda profissional. O acompanhamento por uma equipe multidisciplinar pode ser de grande valia, pois a combinação terapêutica nesses casos proporciona uma melhora no quadro mais consistente e duradoura.
A boa notícia é que houve vários avanços em relação aos cuidados com a saúde mental, uma delas é a aprovação de legislação sobre os cães de apoio emocional em alguns Estados e cidades (Rio de Janeiro, Goiânia) e tramita na Câmara dos Deputados o projeto de lei 33/2022 que trata desse direito, expandindo esse direito a todo país.
Temos conquistado muito, mas precisamos buscar ainda mais para que tenhamos a cada dia mais condições para uma boa saúde mental.
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